A procura de empréstimos por parte de particulares aumentou ligeiramente no terceiro trimestre no segmento da habitação, mantendo-se praticamente inalterada no consumo e outros fins e também nas empresas, segundo um inquérito do Banco de Portugal (BdP).
Esta é uma das conclusões da edição de Outubro do Inquérito aos Bancos sobre o Mercado de Crédito do Banco de Portugal (BdP), hoje divulgado e em que, além do balanço referente ao terceiro trimestre, são apresentadas as perspectivas para o período de Outubro a Dezembro.
Segundo os resultados do inquérito, entre os particulares houve um “ligeiro aumento no segmento da habitação e praticamente sem alterações no segmento do consumo e outros fins”.
Para este aumento da procura de empréstimos contribuiu, de forma ligeira, o regime regulamentar e fiscal do mercado da habitação “e, em menor grau, a confiança dos consumidores”.
Para o último trimestre do ano, os inquiridos preveem um aumento da procura de empréstimos por empresas, sobretudo por pequenas e médias empresas (PME), e por empréstimos de longo prazo.
Já nos particulares, a previsão é de um ligeiro aumento da procura no segmento da habitação e poucas alterações no segmento de consumo e outros fins.
Do lado da oferta, os critérios de concessão de crédito estiveram “praticamente sem alterações no segmento das empresas e dos particulares para a aquisição de habitação e para consumo e outros fins”.
Sobre os termos e condições de crédito, o inquérito do BdP registou uma “ligeira diminuição na taxa de juro praticada” e no ‘spread’ aplicado nos créditos de risco médio concedidos a PME.
Já sobre a maturidade nos empréstimos para aquisição de habitação, houve “condições ligeiramente mais restritivas”, não tendo havido alterações significativas nos termos e condições para empréstimos a consumo e outros fins.